domingo, 18 de setembro de 2011

Impressão

Aquele inebriar
que se faz em meio a noite,
em meio a treva que se fez entorno a mim,


e naquela treva que se fez
eu vi tua face clara,
com olhar escuro e austero.


E em face a embriaguez que
subtamente me acometeu
eu gritei,
te chamei pra perto.


E ao fôlego lançado
tua resposta positiva.
E a treva se foi,
e se foi também meu medo


Mas teus olhos,
Aquele seu olhar rígido e despótico
ainda ficou.


Por que me faz tão mal com teus olhos
se são eles que
uso pra me guiar quando a noite chega?


E de tuas pernas o que dizer,
se são elas que trilham meu andar?


De tuas mãos nem me atrevo falar,
se teu toque, aquele que
de fato me toca,
me desperta do sono mais profundo.


Quando ontem sai a ver a noite,
e de noite vi a distância,
E essa distância que quebras com teus olhos,
tuas pernas e teus braços,
já não me maltrata.


Se soubesse de teus passos,
seguiria mais os meus,
Se despertasse do encanto do teu olhar,
olhava mais o sol.


E de por ti arder tanto assim,
amiúde sofro.
E de sofrer tanto assim
não desisto, não parto pra longe,
perto fico.

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